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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Santana do Cariri Debate Coleta Seletiva


RECICLAGEM DE RESÍDUOS



Legislação estabelece que lixões deverão ser extintos ainda este ano. Porém, construção de aterros sanitários ainda depende de recursos
FOTO: ROBERTO CRISPIM

Santana do Cariri Melhorar a coleta deresíduos sólidos nas ruas e avenidas da cidade e ampliar o serviço de recolhimento em locais próximos às áreas de visitação turística favorecendo, a partir daí, o combate à poluição ambiental e a manutenção das fontes naturaisneste município. Foi com essa finalidade que Santana do Cariri realizou a 1ª Oficina de Reciclagem de Resíduos Sólidos com a participação de cerca de 50 pessoas entre catadores, professores, empresários e estudantes.

O evento, promovido pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, aconteceu no auditório doPolo de Convivência, no Centro da cidade, e contou com palestra ministrada pela pesquisadora Vanda Lúcia Rosendo Batista, doutoranda da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Unesp), que vem trabalhando em alguns municípios da região no sentido de buscar conhecer a realidade em torno da coleta seletiva vista como elemento motriz para o funcionamento do Consórcio Municipal para Aterros de Resíduos Sólidos - Unidade Caririaçu (Comares - UC).

O equipamento, que deverá receber todo o lixo produzido por dez municípios da região, já sofreu inúmeros atrasos e ainda depende da liberação de recursos do Estado, por meio da Secretaria das Cidades, para que seja iniciada a construção da infraestrutura necessária para o funcionamento do empreendimento.

Associação

Com o tema "Coleta de Resíduos Sólidos na Região Metropolitana do Cariri", a oficina discutiu a importância da coleta seletiva de resíduos e a necessidade da criação de associações de coletores, gerando, a partir daí, condições de recolhimento de maior quantidade de lixo diariamente e a geração de renda através da comercialização do material coletado.

A ação também teve a finalidade de reativar uma antiga associação de catadores existente na cidade. Fundada há cerca de cinco anos, a associação parou de desenvolver atividades nos últimos três anos. Dos quinze componentes que participaram da criação da entidade, apenas cinco continuam atuando como coletores de material reciclável.

A catadora Joana Domingos é uma das pessoas que se mantiveram realizando o trabalho. Segundo afirma, o evento realizado na cidade poderá resultar na reativação da associação de catadores. "A gente passou a entender a importância desse trabalho. Além de gerar renda para quem trabalha nessa atividade, a coleta também ajuda na manutenção da limpeza da cidade", avalia a coletora.

O catador Antônio Vilanilson, que há 15 anos realiza o recolhimento de material reciclável, diz que o evento também estabelece maior conhecimento à sociedade sobre o trabalho realizado pelos catadores. "As pessoas não entendem que a gente também ajuda o município recolhendo os materiais. Acho que agora as pessoas vão nos enxergar de outra maneira", diz ele.

Para o secretário de Meio Ambiente de Santa do Cariri, Edvan Pereira, a oficina constituiu-se numa primeira ação, dentre outras que a gestão local pretende desenvolver durante todo o ano, cujo objetivo é o de conclamar toda a sociedade local a auxiliar na coleta seletiva de resíduos no município.

"A meta é que toda a população compreenda que a coleta seletiva de resíduos também constitui em importante mecanismo de defesa ao nosso meio ambiente", esclarece.

Sobre a necessidade de reativação da antiga Associação de Catadores, Edvan Pereira esclarece que o município contabiliza importantes perdas devido à falta de funcionamento da entidade. "Caso houvesse apoio à entidade, com certeza nos estaríamos discutindo hoje outras questões. Situações, inclusive, que poderiam ser relativas a ampliação dos serviços de coleta seletiva e, quem sabe, da implantação de uma pequena indústria de reciclagem", comenta.

Atualmente, todo o material reciclável coletado em Santana do Cariri é comercializado no município de Nova Olinda. O valor pago pelos materiais recolhidos é irrisório, segundo os próprios coletores. O quilo de papelão custa R$ 0,20, apenas. Já o quilo de latas de alumínio e garrafas pet é comercializado por R$ 0,30, enquanto que materiais de PVC podem ser vendidos por até R$ 0,40 o quilo.

O lucro mensal de quem trabalha na coleta de material reciclável em Santana do Cariri varia entre R$ 350 e R$ 400. "Esse valor poderia ser um pouco maior, caso não houvesse a necessidade do deslocamento", avalia Edvan Pereira.

O secretário diz que o trabalho visa adequar o município à Lei 12.305/2010, que estabelece a necessidade dos municípios brasileiros apresentarem o Plano Municipal de Resíduos Sólidos e obriga, ainda, a extinção de lixões nos municípios até o mês de agosto próximo. "Nós estamos correndo contra o relógio para nos adequarmos ao que a lei estabelece. Mesmo assim, devido aos atrasos para construção do aterro consorciado em Caririaçu, é bem provável que não consigamos extinguir os lixões este ano", concluiu.


Mais informações:

Prefeitura Municipal de Santana do Cariri
Rua Doutor José Augusto, 387 Centro
Telefone: (88) 3545.1180

Fonte: Diário do Nordeste

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